A
liberdade da imprensa brasileira nas grandes coberturas jornalísticas,
envolvendo casos de corrupção nos quadros políticos do Brasil, provoca uma
indagação: essa liberdade existe ou é apenas aparente?
Do ponto
de vista dialético, a liberdade de imprensa existe. Ou seja, na medida em que
exista a possibilidade de tornar o “fato” político – público, e, as versões
confrontadas. Contudo, é possível constatar que nas grandes matérias envolvendo
corrupção, a grande mídia só divulgou as notícias depois que ocorreu o “furo de
reportagem” por parte de um único veículo de comunicação.
Cumpre se
perguntar se nesse esforço dialético há de fato uma preocupação na manutenção
da imparcialidade e na persecução da investigação das denúncias publicadas, ou
seja, divulgar as matérias sem a intenção de alienar as massas, com o objetivo
de desinformar, ao invés de informar. Se a mídia se posicionasse nesse quadro
com imparcialidade, tratar-se-ia de uma mídia independente, com liberdade e
transparência.
Abre-se
agora, uma janela para um campo da vida da imprensa, que significa um liame, um
vínculo, que se coloca entre a necessidade e a suficiência. A saber: a
independência da imprensa.
A
imprensa é uma concessão que subsiste, principalmente, da venda de espaço da
sua grade de programação a terceiros interessados. Os maiores clientes dos
veículos de comunicação são os governos, federal, estadual e municipal. Logo,
os políticos. Sabe-se, inclusive, que as propagandas dos governos não são
veiculadas na mesma proporção em todas as emissoras.
Assim, a
existência de uma imprensa livre, ainda é muito mais um desejo do que uma
realidade. Está-se muito mais diante de um jornalismo dialético na forma do que
no objetivo e resultado. O caldo ideológico da narrativa dos fatos ainda
permeia e contamina o nosso jornalismo. Logo, está-se bem mais próximo de uma
liberdade aparente.
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